quarta-feira, 25 de março de 2009

Da cabeça aos pés

Minha cara está suada da cabeça aos pés!
Disse-me um pequenino.
Como são mais ricos os montes de palavras,
Quando não se sabe falar direito.

Direito de falar certo que se adquire quando cresce.
Mas as crianças não tem direitos assim.
Por isso elas são felizes.

Nós temos direitos e vícios.
De palavras, de gestos, de trajetos.
Temos deveres, temos dinheiro.
Temos trocas,
Que nós trocam por iguais.

Antes de esquecer me lembro deste dito do pequenino.
Sempre acho graça.
E lembro nem sei porque.
Por que caminho, por onde.

Desconfio que por um respiro menos ritmado.
Que para abrir um espaço,
Onde eu possa esquecer que sou trocado,
Viciado.
Onde eu possa ser todo eu, da cabeça aos pés.
Em todas as partes do meu corpo.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Queremos nova postagem! E ainda um mate treinado no parque e um abraço de urso. E quem não quer?
    =*
    P.S. Entrei a procura da citação de ontem.
    P.P.S. Removi o comentário acima pois, como boa esquecida que sou, faltou o P.S.

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