quinta-feira, 9 de abril de 2009

O intempestivo

Um vazio entre as postagens. Mas há quem diga que os vazios são indispensáveis.No que eu concordo em grau e gênero. Neste caso, porém, uma substituição de computador me deixou sem arquivos, sem programas e essas coisas que agente está acostumado e não se vira sem. O outro já velho, obsoleto, deixa seu lugar para seu sucessor na escala evolucionária.
Para não deixar um vazio tão grande, vou jogar dentro dele uma citação que há tempos tenho a estima de postar. Tem ela, ao meu ver, algo muito interessante quando se pensa a arte. Se trata do texto da Suely Rolnik, intitulado Ninguém é Deleuziano.

Se definirmos o “intempestivo” exatamente como a emergência de uma diferença desestabilizadora das formas vigentes, a qual nos separa do que somos e nos coloca uma exigência de criação, uma obra de arte intempestiva é aquela que se faz como resposta a uma exigência deste tipo; é só quando isso acontece, a meu ver, que se pode falar em arte.

Um comentário:

  1. Exigência de criação. Realmente não sei se partiu de mim ou me foi provocada. O intempestivo. Viver como o antes não era o bastante. Uma diferença desestabilizadora. A opção existia, aceitar ou não: me joguei. Inventei um outro jeito de ser. Acho que posso falar em arte...
    Uma brincadeira, um descompromisso com as palavras, juntá-las para um outro(s) sentido ou separá-las para manter um sentido. Acho que sem querer provoquei, no mínimo, uma conversa (ou a continuação dela): toda criação é arte ou toda arte é criação?

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