A palavra “novo” e suas variações sempre me incomodaram: como afirmar que algo é novo? Como ter a certeza de que algo semelhante ou igual não foi produzido em outro local, outro momento, outra pessoa, ou você mesmo? Isso principalmente com relação ao texto.
Me senti mais aliviado, e de alguma forma mais livre, quando li hoje está citação de Foucault: o novo não está no que é dito, mas no acontecimento de sua volta.(A Ordem do Discurso, p. 26).
Mais ou menos entendido. Mais confortável com esta palavra. Desconfortável com muitas outras. Um objetivo: desusar palavras saturadas, aquelas que de tão cheias de si, cheias de significados, dizem por conta, e podem dizer mais ou menos do que se quer. No meu caso, a preocupação de que diga algo curto, e não dê chance à multiplicidade. Que seja ação de uso e não uma dança. E entre as danças: as livres, soltas, não as coreografadas, com passos certos, as danças doidas e malucas, ou simples e enigmáticas, secretas, simbólicas. Novas.
domingo, 15 de março de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário