Termo cunhado por Carl Gustav Jung para sua teoria de que tudo no universo estava interligado por um tipo de vibração, e que duas dimensões (física e não física) estavam em algum tipo de sincronia, que fazia certos eventos isolados parecerem repetidos, em perspectivas diferentes. Tal idéia desenvolveu-se primeiramente em conversas com Albert Einstein, quando ele estava começando a desenvolver a Teoria da Relatividade. Einstein levou a idéia adiante no campo físico, e Jung, no psíquico. 1
Já pensaste nisso? Sentiste, passaste? Provavelmente.
Então, ontem passei por uma situação intrigante. Estava no Parque Farroupilha, mais conhecido como Redenção, como de costume. Realizava meu treino de malabarismo, e como é de praxe, escutava música com meu mp3 player. Tento criar um campo entre eu, as bolas e a música em meus ouvidos, que não permitem que muitos outros sons entrem, nem sentidos, uma busca de foco.
Mas ontem, desde o momento em que cheguei, me chamou a atenção um grupo que estava sentado junto ao espaço onde os malabaristas costumam permanecer. Um deles tocava um violão. Eu não os ouvia, buscava a concentração no jogo, no treino, e ouvia Jorge Drexler, Todo se Transforma. Foi nesse contexto, que por algum motivo, (talvez tenha ouvido por traz do Drexler um outro que o repetia, não lembro) mas tirei os fones do ouvido. Bom, preciso dizer o que o maluco do violão cantava? Cada uno da, lo que recibe. Y luego recibe lo que da. Nada es más simple, no hay otra norma: nada se pierde, Todo se transforma!
Agora, pensem comigo: nada tão impressionante se a música fosse Legião Urbana, mas Jorge Drexler?! Um uruguaio que nem tão conhecido por aqui é.
Sincronicidade?
Bom, nem conheço esse conceito, fora uma simples pesquisa na internet, mas tenho motivos para tanto.
Um pouco mais que um mês passado eu conversava com uma amiga distante pela internet, falávamos sobre Roland Barthes, filosofo francês querido por mim e também conhecido dela. Ela me dizia os livros que tinha e um deles em especial, conhecido, chamado Incidentes. O livro ela ainda não havia lido, pois, originalmente, nem era seu. Bom, aconteceu que nos dias seguintes nos reencontramos no MSN quando ela me contou o seguinte fato: na noite da nossa conversa ela acordou, com o sono interrompido, sentiu uma vontade de ler o Incidentes do Barthes. Abriu o livro e leu a seguinte frase: Hoje, 17 de julho, faz um tempo esplêndido.
Era dia 17 de julho.
Hoje, eu treinava: tecido e eu. O cd que tocava chegou ao fim, e minha colega que estava no chão me perguntou se eu queria músicas no mesmo estilo daquelas, eu respondi que sim. Logo que senti as músicas, me agradaram, mesmo sendo de origem desconhecida por mim. Lembrei de outra música. Esta outra, era a trilha usada por outro artista circense num número de acrobacia aérea em tecido. Num dia, em Montenegro, quatro ou cinco anos atrás, apresentamos juntos, com sua música, que eu na época desconhecia. E depois disso a ouvi mais umas duas ou três vezes, em situações diferentes. Continuando sem saber referências dela.
No final do treino, alguns minutos depois, eu comentava o quanto eram boas as músicas, então ela me disse: “põe na trilha onze, é muito boa”. Nesse momento, antes mesmo de ouvi-lá, eu tive certeza de que se tratava da mesma música de quatro ou cinco anos atrás.
Pedi o cd emprestado. Acabei de copiá-lo.
Sincronicidade?
Incidentes?
Cada um dá o que recebe, logo recebe o que dá. Nada é mais simples, não há outra norma: Nada se perde, tudo se transforma!
1 Site: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=3425
Sobre Drexler: www.jorgedrexler.com
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
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